Padre Pio - A história definitiva - C. Bernard Ruffin

janeiro 24, 2021

 


Falar da vida de Padre Pio é falar do extraordinário. 

Quando eu lia sobre ele, (alguns episódios de sua vida na internet), eu ficava maravilhada com tantos milagres e acontecimentos fora do comum.

Recebi esse livro no mês de maio de 2020, considerei um presente de aniversário, e pouco após recebê-lo comecei a ler. A cada página da vida de Francesco Forgione, (o Padre Pio de Pietrelcina), fui me apegando e estando mais próxima dele.

Padre Pio, nasceu em Pietrelcina, Itália, em 25 de maio de 1887. Era de uma família grande e simples, e desde pequeno tinha dons sobrenaturais, os quais ele imaginava que todos tinham acesso, pois para ele, ver anjos, Maria e o próprio Jesus, por exemplo era algo natural.

Deus, tem um propósito a cada um de nós, e com Padre Pio não era diferente. Pessoas fundamentais foram cruzando o caminho dele e propiciando ainda mais o crescimento da sua santidade.

A vida dele também foi pautada no sofrimento.

Sua saúde sempre foi muito frágil e muito dependente da graça divina, que por diversas vezes através dessas dolorosas provações, mostrava a ele o caminho que deveria seguir. Ainda enquanto frei, com seus 21 ou 22 anos, tinha irritabilidade intestinal e estomacal e vomitava por semanas todo o alimento que consumia. As vezes ele era mandado de volta à casa de sua mãe com o intuito de se recuperar, e mesmo os médicos sendo chamados, nunca lhe foi descoberta a causa das suas doenças.

Tão rápido a doença lhe vinha, subitamente ela desaparecia.


"As pessoas não devem imaginar que seus infortúnios sejam enviados como punição divina. Quando alguém lhe perguntou se um homem que morrera em um acidente fora punido por Deus, Padre Pio disse: 'A punição por nossas ações é como nossa recompensa: só a teremos na eternidade.'"


Padre Pio era famoso também por acontecimentos extraordinários envolvendo bilocação. 

A bilocação é a capacidade de estar em dois lugares ao mesmo tempo, não propriamente de forma física mas de uma forma em que possa ser visto e muitas vezes "sentido".

Numa noite, cerca de 650 quilômetros do lugar onde Pe. Pio estava, uma mulher cristã, rezava próxima da cama de seu marido moribundo, que era maçom e tinha a casa cercada por vários deles que impediam a entrada de qualquer padre.

A Sra. que se chamava Leonilde, rezava exatamente para que algum padre pudesse ver seu esposo, pois não queria que ele morresse daquela forma e desamparado espiritualmente. De repente ela vê no quarto um hábito capuchinho, e sem ver com exatidão o rosto, tenta se aproximar, mas ele desaparece. Leonilde que estava grávida, deu a luz naquela mesma noite à uma menina chamada Giovanna. Após os guardas lutarem para que o padre que estava na entrada conseguisse passar, Leonilde com a menina nos braços chega até o quarto de seu marido, deposita a criança do seu lado, e assim que o padre entrou, o pobre senhor exclama pedindo à Deus perdão dos seus pecados, e morre. Leonilde então, se mudou com Giovanna para Roma, e um dia, a jovem moça, quando estava na Basílica de São Pedro decidiu confessar-se. Ao entrar no confessionário lá estava um padre capuchinho, e ao esperá-lo sair, Giovanna não mais o vira. Questionando o guarda sobre o paradeiro de seu confessor, tomou um susto ao saber que não havia nenhum capuchinho por ali. Um ano depois em meio à multidão, novamente em Roma, Padre Pio foi de encontro com Giovanna, que dizia não conhecê-lo, e ele respondeu que a conhecia. Que tinha sido seu confessor há um ano atrás, e ela, a menina que nasceu no mesmo dia da morte do pai.

Além da bilocação, que já é algo indescritível, devo com a absoluta certeza mencionar os estigmas, mas primeiramente devemos entender que não é qualquer pessoa ou santo que recebe essa graça. Quanto mais uma alma se intensifica na oração, mais ela se une a Deus, até certo ponto que é como se seu coração e o de Cristo se tornem um. Podemos dizer que assim aconteceu à Padre Pio. 

No ano de 1910, ele recebeu de Cristo feridas nas mãos, pés e do lado tal qual Jesus tinha em sua Paixão e Morte de cruz.

As feridas lhe causavam vergonha, ele costumava usar luvas e escondê-las. Dessas feridas vertia-lhe tanto sangue que nenhum médico foi capaz de explicar como ele continuava vivo. Várias especulações envolviam os estigmas, e muitos pensavam que ele causava as próprias feridas. Estudos posteriores, no entanto, desmentiram essas especulações visto que, essas feridas não eram causadas nem por doenças, nem por qualquer material terrestre.

Vale salientar que os estigmas eram acompanhados de dores profundas, as quais muitas vezes o faziam andar de forma vacilante. Em 1966 as chagas começaram a desaparecer, em 1968, no instante de sua morte, não constatou-se nenhuma cicatriz nos locais aonde haviam os estigmas, o que seria impossível em feridas que ficaram abertas durante 56 anos.


"Muitas pessoas buscavam alguém que estivesse realmente próximo de Deus, alguém que tivesse respostas para os problemas da vida. Insatisfeitos com os ensinamentos vagos e relativistas dos filósofos seculares e das doutrinas herméticas e vacilantes dos teólogos acadêmicos, buscavam alguém que lhes falasse claramente, que lhes dissesse como viver e como conhecer a Deus. 
Queriam que alguém lhes mostrasse que havia um Deus, que a vida tinha sentido e que existia para além dela. Agora surgiam rumores de um sacerdote que carregava as chagas de Cristo em seu corpo. Nas mentes de muitos italianos, os estigmas eram um sinal certo da intimidade divina. A pessoa que os carregasse seria alguém a quem poderiam se voltar em busca de respostas."


Além de conviver durante praticamente toda sua vida com doenças e com os doloridos estigmas, Padre Pio era frequentemente atormentado pelo demônio. Além da capacidade de ver bons seres sobrenaturais, os maus também o cercavam. Chegou a apanhar fisicamente de um deles, e quem constatou o fato dizia ser impressionante os barulhos que se podia ouvir. Muitas vezes esses seres o tentavam enganar se passando por seus superiores e colegas de convento. Tudo isso ele suportou graças a força divina, e o apego à Virgem Maria.

Esse apego e essa fé abundante eram sentidas também por quem estava perto, muitas vezes de passagem, e por quem o conhecia pessoalmente.

Suas confissões e missas sempre mudavam seus fiéis, por serem tão profundas e tão verdadeiras. Ele realmente tinha Cristo à seu lado o tempo todo. Muitos o buscavam para aconselhamento, e muitos incrédulos se tornavam fiéis após a sua confissão. Ele tinha a capacidade também de auxiliar o fiel a lembrar de seus pecados. Um caso curioso é que em meio a segunda guerra mundial, Pe. Pio recebera a visita de vários soldados americanos, e mesmo sem saber inglês conseguia entender e se fazer entendido por eles.

Ele era o grande pai espiritual que abrigava todas as almas padecentes e fazia com que elas encontrassem abrigo e uma direção a seguir.

Padre Pio dizia: "Somente rezo, Deus é quem cura", lembrando assim a todos sua função de orar e pedir pelos que mais precisavam.


"No caminho de volta, perguntei ao motorista, com quem estava sentado na frente do jipe: 'O que está pensando?'. Ele respondeu: 'Padre aquele homem fez algo comigo. Não posso explicar.' Houve um silêncio mortal em todo o caminho de volta a base. Suponho que alguns psicólogos explicariam isso como algum caso de experiência extra-sensorial, porém não creio nisso. Creio que foi algo sobrenatural.
Pe. Saint John se convenceu, com esses episódios, que Padre Pio tinha o dom daquilo que chamou de prescrutatio cordium, ou a capacidades de ler corações."


Ele, com a ajuda de doadores, contribuições, e principalmente da providência divina, fundou o hospital La Casa Sollievo della Sofferenza ( A Casa do Alívio do Sofrimento), que prestou, e ainda presta, ajuda a quem não pode pagar tratamentos médicos. Hoje esse hospital é administrado pelo Vaticano e desenvolve diversas pesquisas científicas.

Embora todos os relatos extraordinários fizessem parte da vida de Pe. Pio, ele era extremamente modesto, submisso a todos, e nas diversas vezes que fora humilhado, permaneceu resignado a cumprir a vontade de Deus sem se exaltar.

Quem convivia com ele dizia que ele era extremamente feliz, extremamente caridoso, gostava de fazer piadas e pregar peças em seus irmãos capuchinhos. 

Quando então educador do Colégio Seráfico do convento, encantava os alunos que assistiam as aulas boquiabertos com tamanho acolhimento e educação. Ele era um ser totalmente humano, no real sentido da palavra.

A vida de Pe. Pio nos ensina que Deus chama a cada um de nós a vivermos a santidade de modo mais pleno possível, mas depende de nós nos jogarmos sem olharmos para trás e confiarmos Nele apesar de todas as adversidades que virão no caminho.

Li em algum lugar (ou posso ter ouvido em alguma pregação), não me recordo agora, mas dizia que Pe. Pio, é uma daquelas pessoas que Deus manda à Terra de tempos em tempos, a fim de que se reanime a chama da fé que está se apagando nos homens, de forma com que voltemos a acreditar no sobrenatural, e tenhamos uma referência de santidade mais próxima de nós.

São Padre Pio de Pietrlcina morreu em San Giovanni Rotondo, Itália, em 26 de setembro de 1968, em odor de santidade, e hoje encontra-se exposto na mesma cidade em que morreu, para a veneração dos fiéis.


"Lucia Fiorentino, enquanto estava doente de tuberculose em 1906 teve uma visão na qual viu uma gigantesca árvore se enraizar no convento de San Giovanni Rotondo. [...] Vira uma árvore tão grande e bem enraizada que poderia cobrir todo o mundo com sua sombra. Qualquer pessoa que tendo fé, se refugiar sob essa árvore, tão bela e cheia de folhas, receberá a verdadeira salvação, e quem a desprezar e ridicularizar será ameaçado de punição por Jesus. [...] A árvore em sua visão era o próprio Padre Pio, o qual, vindo de longe, por vontade divina, plantou suas raízes no convento."


#PraCegoVer: Livro de Padre Pio sobre a cama. O livro está aberto e contem um terço pequeno (dezena) e o ícone de Padre Pio, já idoso.


"Omnes enim Christus, nihil sine Maria"


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