30 outonos

maio 30, 2021

 


Esses dias andei refletindo muito sobre meus trinta anos de vida e sobre tudo que já passei, conquistei, perdi, e aprendi.

Aniversários são ótimos para isso, para podermos rever um pouco das nossas atitudes, pesar na balança como tem sido a nossa vida, analisar mais a fundo nós mesmos.

Fiz grandes avanços. 

Me lembro da Daiane de, sei lá, quinze anos atrás. Acuada, com medo do mundo, tentando loucamente se adequar a ele, mesmo que tudo aquilo que fizesse não estivesse fazendo sentido algum pra ela, lá estava ela tentando ser o mais perfeita possível. Talvez de certa forma isso ainda aconteça vai, mas com uma intensidade menor que na adolescência (acredito eu).

E também tem a Daiane de dez anos atrás. Prepotente, no seu primeiro emprego, com sonhos gigantes que na mente dela eram concretos, teve que aprender que nem sempre as coisas saem da maneira que planejamos, que a vida não é "planejável", e que mesmos os rumos diferentes que a vida nos leva, acaba nos dando destinos fantásticos, ou simplesmente, os destinos que precisamos chegar.

E tem a Daiane de agora, mais consciente de si mesma, dos seus gostos, do que acredita... Evoluindo um pouquinho por dia na sua caminhada em direção ao autoconhecimento, ao amor ao outro e ao amor ao divino.

Eu decidi comemorar grandemente esse meu aniversário porque assim como a maioria das pessoas, eu também tenho passado por tempos difíceis. Incertezas andam rondando todos nós, mas, poxa... É para se comemorar mesmo tudo que já passei, e ainda estar aqui.

E mesmo com toda essa pandemia, com tanta gente partindo, sobrevivi. Ainda estamos, e estamos bem. Na medida do possível, claro. E com o passar dos dias, admirando nosso entorno, sobrevivendo ao isolamento e ao caos, continuamos.

Fiquei muito feliz por comemorar mais um ano de vida, diferente daqueles que tiveram suas vidas interrompidas. 

É Deus dizendo: Você tem mais uma, duas, ou três chances!

Tenta de novo, tenta ser melhor, tenta olhar de outro ângulo...

Lá no fundo a chama de fé persiste acesa. As vezes ela quase se apaga, mas tudo que me cerca me lembra que tenho que continuar mantendo-a flamejante.

Tem uma frase de Santa Madre Paulina que diz: 


“Nunca, jamais, desanimeis, embora venham ventos contrários.”


E quantos ventos andam soprando ultimamente... Mas realmente chega a ser um pouco engraçada, a maneira que Deus tem de nos consolar, enviando pessoas, e situações para que nunca estejamos lutando essa batalha sozinhos. E na realidade Ele também sempre está conosco.

Tenho a certeza que esse outono foi bem diferente dos demais. Nunca estive tão consciente da efemeridade dessa vida, que passa como o cair das folhas das árvores com chegada do inverno, mas que se mostra bela e intensa com o florescer de toda a natureza na chegada da primavera.



#PraCegoVer: Cama cheia de balões coloridos em laranja e azul, números dourados colados na parede formando o ano em que nasci, 1991, na parede um desenho de uma árvore.



"Omnes enim Christus, nihil sine Maria"

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