Como conhecer mais sobre a Igreja Católica

outubro 18, 2020






Percebi o quanto era leiga em 2017.
Naquela época um amigo me apresentou Padre Paulo Ricardo e enfim comecei a conhecer mais a fundo a religião da qual fiz parte toda minha vida.
As dúvidas foram sanando, enquanto a vontade de saber foi aumentando.
A história da igreja é tão extensa, tão rica, que acredito não haver biblioteca suficiente para abrigar todos os fatos acontecidos desde a morte de Cristo.
O convite deste texto é parar para analisar e conhecer melhor a Igreja Católica na sua amplitude, mas antes de começar a falar sobre os métodos que encontrei para aprender mais sobre o catolicismo, vocês puderam perceber que andei sumida do blog por algumas semanas. Entre idas e vindas no EAD do meu curso de Engenharia (o qual tem exigido bastante do meu intelecto), ainda tive que enfrentar probleminhas pessoais, que todos uma vez ou outra na vida precisam enfrentar. E esses probleminhas fizeram tornar-me mais próxima de Deus e repensar muitos dos meus atos como ser humano, mas enfim, explicado o motivo do meu sumiço (que talvez em breve eu explique com mais detalhes) voltemos ao tema inicial de como conhecer mais a igreja.


  • Leia a Bíblia;
É meio hipócrita da minha parte, porque existem períodos que fico sem entrar em contato com as escrituras, mas, uma das coisas que nos aproxima mais da religião é a leitura da Bíblia. E se não puder lê-la na íntegra e na ordem, para todos os dias do ano existe a liturgia da palavra, que nada mais é do que leituras, salmos e evangelhos próprios para aquele determinado dia.
Para ser ainda mais fácil compreender o que o evangelho diário quer nos falar, acompanhe a missa, ou ao menos ouça a homilia de um padre no Youtube, ou no Facebook da sua paróquia.
Eu costumo acompanhar as homilias do Padre Paulo e do Padre José Augusto que falam e explicam de maneira que nos toca bem fundo, e nos faz compreender o sentido e da onde vem a necessidade de ouvirmos aquele texto naquele dia.

  • Conheça a liturgia;
Eu sempre fui curiosa com as coisas que aconteciam dentro da igreja em uma missa ou celebração. 
Se torna muito melhor estar participando quando se sabe o porquê disso ou o porquê daquilo. As cores da liturgia, a ordem dos acontecimentos dentro da celebração, o ano litúrgico, o valor dos sacramentos...
Tudo isso é importante para que estar dentro da igreja não seja um tempo em que estejamos alheios ao que está se passando e com isso parecer uma obrigação, mas sim um tempo proveitoso, onde cada coisa faz sentido e nos faz estar mais plenamente presente.

  • Entenda o valor da tradição;
A tradição além de ser o que nos passou de geração em geração, os ensinamentos, e as escrituras, é também uma forma de se celebrar diferente da que estamos acostumados hoje. Conhecer a tradição me fez entender quem eu era dentro da igreja, me fez respeitar mais cada rito e cada gesto, me fez entender o valor da família, da mulher como mãe e genitora, e de como é belo aprender com os que já passaram por aqui.
A Santa Missa como é celebrada hoje foi aprovada na década de 60, portanto a maioria de nós apenas conhece esse rito, sendo que existem outros como o maronita e o extraordinário (ou tridentino) que era até a década de 50 o rito predominante. Falarei mais sobre em um outro post dedicado à missa tridentina, porém foi essa missa que me fez ver o motivo de não me encaixar na renovação carismática católica. Eu nunca entendia muito bem o motivo de me sentir deslocada nos grupos de oração, mas quando comecei a frequentar a parte tradicional da igreja enfim tudo fez sentido.
A tradição trata tudo no silêncio, na oração profunda, com cantos gregorianos e orações em latim. Na missa tridentina também pela primeira vez fiz o uso do véu, assim como as outras mulheres dentro da igreja. Foi sublime, como o céu na terra.
A partir do instante em que passei a estudar mais sobre a tradição da igreja, comecei a dar mais valor a tudo que sei hoje, pois esses ensinamentos nos foram passados desde os apóstolos e com imenso prazer podemos fazer uso deles atualmente.

  • Conheça a vida dos santos;
Os santos nos dão exemplo com a vida deles nas quais muitas vezes (e na maioria delas) exigiu-se um desprendimento, um amor singular e verdadeiro e uma entrega total. 
Contudo, através disso vem os sofrimentos, que heroicamente eles fazem uso para que com isso outros se beneficiem.
Conhecer a vida desses homens e mulheres tão próximos da nossa humanidade nos faz lembrar que o chamado de santidade é para cada um de nós não apenas a alguns poucos escolhidos, e que é possível sim viver a santidade nos dias de hoje, mesmo com tudo o que o mundo nos chama a aproveitar.
Muitos deles deixaram por escrito o caminho que trilharam para conseguir a plenitude espiritual, entre eles São Tomás de Aquino, Santa Teresa D'Ávila, com o livro Castelo Interior, Santa Terezinha do Menino Jesus, com A História de uma Alma e tantos outros que através dos livros nos mostram a direção, para que não caiamos nas armadilhas e nas estradas erradas.
Conhecer a vida dos santos é conhecer um pouco dos planos de Deus para cada um de nós, e ter amigos com quem contar em nossos dias de sofrimento.

  • Ore, confesse e comungue;
É indispensável que se ore, todos os dias, em todos os momentos possíveis. Precisamos do nosso terço diário, a fim de conhecer mais sobre os mistérios da vida de Cristo, e é necessário o conhecimento das orações e outras praticas devocionais, só assim poderemos ter forças e iluminação para compreender o que se passa ao nosso redor.
A confissão também é imprescindível visto que a partir dessa prática criamos mais consciência dos nossos erros, e com isso, a vontade de estar sempre limpos para Deus aumenta.
Sem a comunhão, nosso alimento espiritual, a nossa alma enfraquece. É o próprio Deus que vem fazer morada em nós, precisamos estar limpos para receber a comunhão, por isso mais um motivo para a confissão.

  • Deixe que as músicas te inspirem
Desde a descoberta da tradição ouço muito canto gregoriano. São músicas que realmente me fazem sentir Deus mais próximo e, além dessas, ouço também Matt Maher que é um cantor canadense que escutei pela primeira vez em um vídeo de divulgação do Beato Carlo Acutis, e que me faz sentir amada e ter mais fé nos dias que virão.


Existe uma frase que diz:


“Quero um laicado não arrogante nem polêmico, mas homens que conheçam a própria religião, que entrem nela, que saibam bem onde se erigem, que saibam o que crêem e não crêem, que conheçam de tal modo o próprio credo que dele prestem contas, que conheçam bem a própria história para a poder defender”.-Beato John H. Newman (Teólogo e convertido do Anglicanismo)


Que a exemplo de Newman, possamos nos tornar um laicato, que saiba defender a Igreja em que estamos ramificados, e que sabendo mais sobre Ela, possamos assim amá-la com mais intensidade.



#PraCegoVer: Uma plantação amarelinha, parecida com arroz ou cevada, pronta para colher, contrasta com o céu de chuva ao fundo


"Omnes enim Christus, nihil sine Maria"



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